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Praça Martim Moniz

Proposta no Concurso Público em co-autoria com Márcio de Campos | Architecture + Interior Design e JMC Architecture

LOCALIZAÇÃO

Praça do Martim Moniz, Lisboa

TIPO

Praça Pública

ANO

2023

ÁREA

35.000 m2

A requalificação da Praça do Martim Moniz constitui uma oportunidade de transformação e inovação urbana. Partindo do entendimento dos problemas persistentes que condicionam o acesso e usufruto da Praça e sobretudo daquilo que o debate cívico revelou sobre o futuro da praça, a solução proposta assenta na expansão do espaço pedonal e na definição de uma nova centralidade inclusiva, saudável, resiliente, segura, acessível e multifuncional. Promove-se a (re)funcionalização de toda a área de intervenção a partir de um Jardim, aberto à cidade e a todos, que prioriza a experiência do caminhar e contemplar. A forma final resulta da sobreposição desta mancha verde com a continuidade da malha urbana no sentido Norte-Sul, reforçando a ideia de lugar representado pelo papel do espaço público como elemento integrador da centralidade que caracteriza a praça do Martim Moniz.

A forma urbana resultou do entendimento do complexo contexto local e permitiu celebrar as virtudes espaciais e as características urbanas pré-existentes que, com o seu carácter identitário histórico e patrimonial, resultaram num novo sentido de lugar, tendo como prioridade a criação de um amplo espaço verde. O conceito de urbanidade estará, assim, associado à ideia de lugar, distinta da de espaço de fluxos existente, representado pelo papel do espaço público como elemento integrador da centralidade que caracteriza a praça do Martim Moniz, as microcentralidades periféricas que integram a proposta e a sua conectividade.

A geratriz da proposta parte da vontade de reforçar ligações à escala local, aproximando as duas colinas com uma forte conexão pedonal no sentido transversal à praça, e contextualizar esse gesto a uma escala mais alargada conciliando-o com o eixo estruturante da Avª Almirante Reis, no âmbito da rede ecológica e ciclável da cidade. Pretende-se também acautelar um futuro livre de circulação viária e promover a integração da praça na estratégia de libertar a Baixa do tráfego viário, com uma aposta nos modos suaves de circulação e num serviço de transportes públicos eficiente.

Pretende-se criar uma estratégia de continuidade com a rede ecológica da cidade, valorizando os serviços de ecossistemas, a promoção da biodiversidade e a articulação entre áreas verdes, envolvente construída e espaços de coexistência (circulação viária e pedonal). A qualidade e circulação do ar, o controlo de temperatura à superfície e a atenuação de ruído são os principais benefícios ambientais resultantes.

Para além da melhoria da acessibilidade e da conectividade com a envolvente próxima, o sentido de comunidade resulta, também, da conjugação entre os usos e actividades complementares com a imagem e estética do conjunto que se apresenta com um novo sentido de unidade e continuidade. Essa atractividade resulta da diversidade programática que promoverá diferentes dinâmicas sócio-urbanas, uma maior diversidade de formas de utilização e apropriação desses espaços e interação entre grupos e indivíduos de todas as gerações e culturas.

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